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Estudantes mexicanos são mortos e dissolvidos em ácido por traficantes


GADALAJARA — Três estudantes mexicanos de cinema dados como desaparecidos desde março no estado de Jalisco foram mortos e tiveram seus corpos dissolvidos em ácido por traficantes, de acordo com o que autoridades disseram na segunda-feira. Segundo os responsáveis pelo caso, Javier Salomón, de 25 anos, Aceves Gastélun e Marco Garcia Francisco Avalos, ambos de 20 anos, foram confundidos com membros de uma facção rivais, sequestrados, torturados e mortos por ao menos seis pessoas.

— Posteriormente, seus corpos foram dissolvidos em ácido para que nenhum vestígio deles permanecesse — disse o governo mexicano.
O promotor de justiça Raul Sánchez disse que duas pessoas foram detidas até agora na investigação. Outro funcionário, sob condição de anonimato, afirmou que os investigadores estão analisando mais restos humanos encontrados nas instalações do prédio onde os jovens foram dissolvidos.

De acordo com as autoridades mexicanas, os jovens foram confundidos por membros do Cartel de Jalisco Nova Geração (CJNG), que se tornou o mais poderoso do México. Grupos criminosos no país freqüentemente sequestram, torturam, desmembram e até dissolvem suas vítimas em ácido, sendo que muitos dos restos mortais são despejados em covas clandestinas.

Gastélum, Diaz e Avalos foram abordados em uma estrada na noite de 19 de março por um grupo disfarçados de agentes da Procuradoria, quando estacionaram seu carro para consertar uma falha mecânica. Os três alunos retornaram com outros três colegas após um longo dia de filmagens para um trabalho escolar, que havia ocorrido em uma cabana em Tonalá. Sozinhos na rodovia, seis homens com fuzis militares saíram de duas caminhonetes e ordenaram aos três estudantes que entrassem em um dos veículos.

O Gabinete do Procurador Geral de Jalisco confirmou que os jovens não tinham a mais remota ligação com os narcotraficantes da região e que eles estavam apenas no lugar e no horário errados.

— Não está provado que eles têm qualquer ligação com qualquer cartel criminoso — disse Ivette Torres, chefe da investigação, à imprensa mexicana.

Os estudantes estavam filmando, em uma propriedade que era controlada pelos criminosos. Enquanto trabalhavam, pelo menos oito membros do cartel os vigiavam em segredo. Após o sequestro, os três estudantes foram levados para uma casa onde foram torturados, interrogados e mortos. Lá, o Ministério Público encontrou traços do sangue de Jesús Daniel Díaz.

Seus corpos, de acordo com a versão do Ministério Público, foram levados para outra casa onde os criminosos os submergiram em ácido sulfúrico, comumente usado em fertilizantes, para dissolver qualquer evidência. As autoridades estão analisando o conteúdo de três tanques de água e 46 latas cheias com o solvente químico.

Os traficantes do CJNG foram confundidos com os membros do grupo rival Cartel Plaza Nueva. Os promotores prenderam dois dos oito homens que participaram do seqüestro e assassinato do jovem: Gerardo N. e Omar N. Ambos confirmaram a história de que havia uma crença entre os seus companheiros que as vítimas eram criminosos como eles, e não um grupo de jovens cineastas.

Fonte:Extra Globo