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URGENTE

Estado reforça medidas de contenção após detecção de greening no Vale do Ribeira

 

Diante da detecção de casos de greening nos municípios de Doutor Ulysses e Cerro Azul, no Vale do Ribeira, o Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) emitiu uma nota técnica nesta terça-feira (16). O documento reforça a obrigatoriedade do cumprimento da legislação fitossanitária vigente e orienta sobre a adoção rigorosa de medidas técnicas para o enfrentamento da doença.

O HLB, conhecido como greening dos citros, é uma das doenças mais graves que afetam os pomares citrícolas e pode causar prejuízos significativos à produção. Com a confirmação do caso no Vale do Ribeira, o Estado atua de forma prioritária para mitigar o mais rápido possível o avanço da doença.

Como parte das ações emergenciais, está agendada para a próxima segunda-feira (23) uma reunião entre representantes da agricultura estadual e os municípios de Doutor Ulysses e Cerro Azul. O encontro será na sede da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), em Curitiba.

Para 30 de junho está previsto o início de uma nova edição da Operação Big Citros, coordenada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), desta vez no Vale do Ribeira. A iniciativa tem como objetivo conter o avanço da doença. A operação já foi realizada em anos anteriores nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, com resultados significativos na contenção da doença e na manutenção da sanidade dos pomares.

Na próxima semana, equipes do IDR-Paraná também vão intensificar a busca pelo inseto vetor da doença — psilídeo asiático dos citros Diaphorina citri — na região afetada. Para isso, serão instaladas armadilhas para monitoramento e captura do inseto. Até o momento não foi constatada a presença do vetor na região.

No Brasil, a bactéria Candidatus Liberibacter (CLas) é o principal agente causal do HLB. A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas, além da murta (Murraya paniculata), Fortunella spp. e Poncirus spp.

“Reconhecemos a importância da citricultura para a região, principalmente pela cultura da poncã. Agora, contamos com o produtor para ficar atento aos sinais da doença e notificar imediatamente a Adapar caso observe alguma planta com sintomas suspeitos”, destacou Renato Blood, diretor de Defesa Agropecuária da Adapar.

Ele também tranquilizou os produtores locais. “Em caso de identificação dos sintomas e confirmação do diagnóstico, a erradicação é feita apenas na planta doente, e não no pomar inteiro. Portanto, o produtor não precisa se assustar”, explicou. Segundo ele, a situação, neste primeiro momento, tem potencial para ser controlada de forma eficaz.

HLB – O greening afeta seriamente as plantas cítricas, provocando queda prematura dos frutos e redução da produção, podendo levar à morte precoce das plantas. Os frutos afetados geralmente são menores, deformados, com sementes abortadas, menor teor de açúcares e acidez elevada, o que compromete o sabor e reduz o valor comercial, tanto para o consumo in natura quanto para o processamento industrial. Desde dezembro de 2023, o Paraná está em estado de emergência fitossanitária para o greening.



AEN