Quando criança tínhamos em mente a figura de Deus como sendo um velhinho de barbas longas e brancas sentado em um grande trono nas nuvens com um livro nas mãos. Esta era a figura que imaginávamos a partir das informações que davam as pessoas idosas.
Com o tempo nos questionamos e concluímos que
o Criador não tinha esta configuração. Nem as crianças de hoje aceitam
explicações que as intuam a imaginar Deus um velhinho.
Mas foi no século XIX
que o francês Hypollyte
Leon Denizar Rivail, professor
de matemática e estudioso do magnetismo, teve sua atenção voltada para
fenômenos incomuns que aconteciam e que consistiam em mesas girarem, se
propagarem no ar e até se precipitarem contra espaços. Mais tarde constatou o
professor Rivail que havia inteligência por traz das mesas, já que elas
respondiam por pancadas as perguntas a elas formuladas.
Tornou-se comum grupo
de amigos juntarem-se nos cafés, clubes e outros locais para divertirem-se com
as mesas, mas Rivail resolveu dar ao fato conotação séria e foi estudar o
fenômeno, publicando em 18 de abril 1857 a obra O Livro dos Espíritos, passando
então a utilizar o nome Allan Kardec para diferenciar das obras que até então
publicara como professor.
A primeira pergunta
que consta no Livro dos Espíritos é: O que é Deus? Ao que foi respondido: “Deus
é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”. No livro consta
também aprofundamento de vários assuntos, mas as causas primeiras está em
primeiro plano.
Kardec também nos traz conhecimento que Deus é
eterno, infinito, imutável,
único, imaterial, onipotente e soberanamente justo e bom.
Em
tudo e em toda parte aparece a bondade e a justiça de Deus na providência com
que, através de leis perfeitas assiste às suas criaturas. Em razão de estarmos
numa faze ainda pequena na evolução perante o universo, nos faltam
sensibilidade para entender Deus em Sua plenitude, mas à medida que vamos nos
esclarecendo através das sucessões das existências, nossa percepção irá se
definindo.
Não
devemos temer Deus, mas sim seguir Sua lei que está em todas as consciências do
ser humano, lembrando sempre que Ele é bondoso mas Sua justiça é infalível.
Artigo Independente